Aeronave
Aconteceu em uma pequena cidade chamada Argina. Betinho, Eduarda, Marilinha, Lipe e Denis, todos com nove anos, brincavam na rua próxima a praça principal quando ouviram um barulho ensurdecedor vindo do céu. Lipe olhou para cima e não conseguiu dizer nada. Betinho gritou:
- Corre! Vai cair em cima da gente!
O objeto caiu a poucos metros deles. Com o violento impacto sobre o solo, as cinco crianças caíram de bruços. Na praça, os adultos deitaram no chão e cobriram suas cabeças com os braços.
Betinho virou o rosto para trás e viu a peça envolvida pela fumaça do contato com o asfalto. Seus amigos levantaram junto com ele e os cinco foram em direção ao objeto. Parecia ser o bico de um avião.
- Tem alguém aí? Ei? Tem alguém aí? – chamou Eduarda.
- Ai, eu não quero ver gente morta! – chorou Marilinha.
- Relaxa, Marilinha! Vem Duda, vamos dar uma olhada lá dentro – falou Denis, puxando a amiga pelo braço.
Não havia sobrado nenhum caco de vidro nas janelas da frente. A porta de entrada de passageiros estava amassada como se tivesse levado um forte soco no centro. O suposto pedaço de um avião acabava ali, logo depois da porta. Betinho e Lipe entraram por trás, mas não viram corpo algum lá dentro.
- Crianças, saiam já daí! Os bombeiros já foram chamados! – gritou um senhor na praça.
- Ajudem! Ajudem! A outra parte do objeto caiu ali na rua de trás! – veio gritando uma mulher.
Eduarda e Denis saíram correndo em direção a tal rua. Mas a confusão ao redor era tanta, que os dois não conseguiam passar pelo asfalto. Era um mar de curiosos e bombeiros chegando. Optaram por pular os muros das casas vizinhas e cortar caminho por dentro de cada quintal.
Afastados do objeto pelos bombeiros, Betinho e Lipe puxaram Marilinha pelos braços e seguiram atrás de Eduarda e Denis. Quando os cinco chegaram na outra rua, viram o que parecia ser o final da cauda de um avião. Também não havia ninguém lá dentro.
- Mas onde será que está o resto? – perguntou Betinho.
As crianças ficaram paradas olhando a peça, cheias de dúvidas. Na rua próxima a praça, os bombeiros cancelaram as buscas e confirmaram que não havia risco de explosão. Todas as pessoas em volta quiseram, então, olhar de perto o que agitou tanto o dia daquela pacata cidade.
A curiosidade era tanta que, em poucos dias, tanto o suposto bico quanto a suposta calda de avião viraram pontos turísticos de Argina. Guias contavam histórias incrementadas sobre as duas peças, cheias de lendas e personagens. Betinho, Lipe, Eduarda, Marilinha e Denis eram citados nelas.
Anos e anos mais tarde, quando os cinco já haviam partido da vida terrena, tornaram-se verdadeiros heróis nas histórias dos novos guias, que recheavam cada vez mais de aventuras os fatos.
- Corre! Vai cair em cima da gente!
O objeto caiu a poucos metros deles. Com o violento impacto sobre o solo, as cinco crianças caíram de bruços. Na praça, os adultos deitaram no chão e cobriram suas cabeças com os braços.
Betinho virou o rosto para trás e viu a peça envolvida pela fumaça do contato com o asfalto. Seus amigos levantaram junto com ele e os cinco foram em direção ao objeto. Parecia ser o bico de um avião.
- Tem alguém aí? Ei? Tem alguém aí? – chamou Eduarda.
- Ai, eu não quero ver gente morta! – chorou Marilinha.
- Relaxa, Marilinha! Vem Duda, vamos dar uma olhada lá dentro – falou Denis, puxando a amiga pelo braço.
Não havia sobrado nenhum caco de vidro nas janelas da frente. A porta de entrada de passageiros estava amassada como se tivesse levado um forte soco no centro. O suposto pedaço de um avião acabava ali, logo depois da porta. Betinho e Lipe entraram por trás, mas não viram corpo algum lá dentro.
- Crianças, saiam já daí! Os bombeiros já foram chamados! – gritou um senhor na praça.
- Ajudem! Ajudem! A outra parte do objeto caiu ali na rua de trás! – veio gritando uma mulher.
Eduarda e Denis saíram correndo em direção a tal rua. Mas a confusão ao redor era tanta, que os dois não conseguiam passar pelo asfalto. Era um mar de curiosos e bombeiros chegando. Optaram por pular os muros das casas vizinhas e cortar caminho por dentro de cada quintal.
Afastados do objeto pelos bombeiros, Betinho e Lipe puxaram Marilinha pelos braços e seguiram atrás de Eduarda e Denis. Quando os cinco chegaram na outra rua, viram o que parecia ser o final da cauda de um avião. Também não havia ninguém lá dentro.
- Mas onde será que está o resto? – perguntou Betinho.
As crianças ficaram paradas olhando a peça, cheias de dúvidas. Na rua próxima a praça, os bombeiros cancelaram as buscas e confirmaram que não havia risco de explosão. Todas as pessoas em volta quiseram, então, olhar de perto o que agitou tanto o dia daquela pacata cidade.
A curiosidade era tanta que, em poucos dias, tanto o suposto bico quanto a suposta calda de avião viraram pontos turísticos de Argina. Guias contavam histórias incrementadas sobre as duas peças, cheias de lendas e personagens. Betinho, Lipe, Eduarda, Marilinha e Denis eram citados nelas.
Anos e anos mais tarde, quando os cinco já haviam partido da vida terrena, tornaram-se verdadeiros heróis nas histórias dos novos guias, que recheavam cada vez mais de aventuras os fatos.
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