Tuesday, November 07, 2006

Morro de São Paulo (BA) - 3º dia

Na quarta-feira, amanheceu um lindo dia de sol! Estávamos prontos para o passeio Volta à Ilha de Tinharé (pagamos R$ 45,00 por pessoa).

Morro de São Paulo está situado no extremo norte da Ilha de Tinharé, que compõe, junto com Boipeba, Cairú e outras 23 ilhas menores, o Arquipélago de Tinharé. Cairú é o único município-arquipélago do Brasil. (Mapa do Arquipélago de Tinharé no fotolog www.fotolog.com/alexandrab)

Esqueci de comentar anteriormente sobre o café da manhã na pousada Brisa do Caitá. Muito bom! Todos os dias havia uma boa variedade de pães (com e sem recheio), bolos e frutas. Os alimentos ficavam em uma espécie de armário com portas de vidro, que eram mantidas fechadas para evitar o contato dos alimentos com moscas e outros insetos. Era bem higiênico. Tivemos a oportunidade de tomar sucos de cajá, graviola e até algumas misturas de diversas frutas. Uma funcionária da pousada observava o tempo todo se faltava alguma coisa e repunha imediatamente. Infelizmente, ela só não conseguia entender o que os hóspedes estrangeiros pediam (um deles não conseguiu esquentar o pão...).

Às nove horas, passamos no Funny Beach para encontrar com o Lucas, que nos acompanhou até a Terceira Praia, para mostrar em qual flexboat faríamos o passeio. Como a maré estava baixa, caminhamos pela água até a Lancha Vip Puro Prazer.

Já em alto mar, avistamos de longe a Quarta Praia e a Praia do Encanto (ou Quinta Praia) de Morro de São Paulo. A primeira parada foi nas piscinas naturais de Garapuá. O aluguel do snorkel estava incluso no preço que pagamos pelo passeio e pudemos admirar por muito tempo os peixes e corais das águas límpidas e rasas das piscinas naturais. Para mim e para o meu marido, sem dúvidas, foi a melhor parte de todo o passeio!

Quando saímos das piscinas de Garapuá, a água já estava na altura do pescoço, devido à maré alta. No caminho, avistamos de longe a plataforma de Petróleo que fica próxima a praia de Moreré, em Boipeba. Ao chegarmos próximos a Ilha de Boipeba, nosso guia Ricardo nos apresentou como opção a caminhada por dentro de Boipeba. Diante da recusa de todos os passageiros da Lancha, não me senti à vontade para dizer que eu gostaria de fazer a caminhada. Se eu ou mais alguém disséssemos sim, Ricardo deveria no levar até a praia de Cueira e quem fizesse a caminhada encontraria os demais passageiros mais tarde na praia da Boca da Barra, também em Boipeba. O guia que conduziria a caminhada deveria ser pago a parte, pois não estava incluso no valor do nosso passeio de lancha. Como Ricardo não precisou deixar ninguém em Cueira, seguimos direto para a praia da Boca da Barra.

Algumas lanchas, além da nossa, estacionaram no Rio do Inferno (que tem esse nome, porque as caravelas portuguesas costumavam encalhar quando passavam por ali). Em poucos minutos, as mesas dos restaurantes espalhadas pela areia ficaram ocupadas. Ficamos em uma mesa do Kiosk Brilho do Sol. Como o Rio do Inferno separa as ilhas de Boipeba e Tinharé, dali da Boca da Barra tínhamos a agradável vista da praia do Pontal, com o coqueiral de Tinharé.

As praias da Boca da Barra são realmente muito belas e conseguimos perceber que Boipeba é bem mais tranqüila, menos movimentada, do que o povoado de Morro de São Paulo. Muitos guias de Morro nos recomendaram passar um dia apenas em Boipeba, porque há muito que ver por lá, mas não tivemos oportunidade nessa viagem.

Durante o almoço, vimos alguns estrangeiros chegando para se hospedar em Boipeba e enfrentando a dificuldade de encontrar alguém que falasse pelo menos um pouco de inglês. Era um australiano falando “I don’t speak your language” e o carregador de malas perguntando “Vai ficar aonde?”. Infelizmente, não acompanhei o desfecho dessa história, porque lá na Boca da Barra, pela primeira vez na viagem, dois garotos encostaram-se a nossa mesa para pedir “um real”. Um dos garotos ainda permaneceu com os braços em cima da mesa, mesmo depois de dizermos que não tínhamos moedas, para nos intimidar. Depois de uns dez minutos ele foi embora.

Além do almoço, só gastamos para comprar um azulejo pintado a mão por uma moça que, pelo sotaque, era imigrante de algum outro país sul-americano. Ajoelhada na areia ao lado de nossa mesa, com apenas quatro cores e pintando com os dedos ela fez ali, na hora mesmo, aparecer uma bela paisagem no azulejo. Não nos arrependemos dos R$ 15,00 pagos pela arte.

Por volta das duas e quarenta da tarde, os passageiros retornaram a lancha para a continuação do passeio da Volta à Ilha de Tinharé. Ao passarmos por Canavieira, na Ilha de Tinharé, Ricardo também apresentou como opcional a parada para a degustação de ostras. Mais uma vez todos os passageiros disseram que não precisava parar e um único passageiro, que estava próximo a mim, comentou em tom baixo de voz para a namorada que ele gostaria de fazer a degustação. Nessa hora, confirmei minha opinião de que nada deveria ser opcional no passeio da Volta à Ilha..., porque quando a maioria não quer, a minoria acaba desistindo de satisfazer suas vontades. Eu, particularmente, não gosto de ostras, mas o lugar me pareceu interessante para fazer um passeio.

Nossa próxima parada foi no município de Cairú. Lá tínhamos a opção de visitar o Convento de São Francisco de Assis. Mal descemos no terminal de Cairú e inúmeros garotos, com idades entre 8 e 11 anos, nos cercaram para se oferecerem como guias a caminho do Convento (que é fácil de chegar). O preço do serviço deles, R$ 2,00, também não estava incluso no valor que pagamos pelo passeio Volta à Ilha..., assim como para entrar no Convento, cobrava-se um valor a parte. Eu e meu marido decidimos caminhar sozinhos, para podermos parar, fotografar, admirar quantas vezes quiséssemos, porém com a insistência e agressividade dos garotos atrás de nós, desistimos de chegar até o Convento. As outras ruas próximas ao terminal estavam tranqüilas como se fosse domingo na cidade.

Ao sairmos de Cairú, seguimos de volta a Morro próximos a grandes e belos canais de manguezais. Ainda pudemos admirar o brilho do sol de fim de tarde nas ondas formadas pelos dois motores da Lancha. Passamos por Galeão (Ilha de Tinharé) e, antes de chegar ao terminal de Morro, só paramos para abastecer a Lancha em um curioso posto flutuante em Manguinhos (continente).

Realmente a Volta a Ilha de Tinharé é um passeio essencial para quem vai a Morro de São Paulo. As belíssimas paisagens que tivemos a oportunidade de conhecer com esse passeio estarão para sempre em nossa memória!

À noite fomos jantar no Strega, um bom restaurante de massas na Vila. Eu pedi nhoque, meu marido pediu espaguete, ambos ao molho quatro queijos, e nos surpreendemos com pratos muito bem servidos. Saímos de lá bastante satisfeitos.

Uma das vantagens de Morro de São Paulo é a quantidade de lan houses. Uma delas, a Matrix, foi muito útil para nós, pois gravamos dois CDs de fotos e liberamos os cartões de memória para tirar mais fotos. Na quinta-feira, iríamos conhecer o Forte e o Farol de Morro de São Paulo.

5 Comments:

Anonymous Anonymous said...

“I don’t speak your language” Dudu hehe.

11:48 AM  
Anonymous Anonymous said...

Delicia de leitura hein.... escritora nata... uma reporter de turismo.....

em breve leio uma materia sua na viagem e turismo.

beijo e manda o resto.

12:22 PM  
Anonymous Anonymous said...

hahaha manda tudo logoooooooo !!
Realmente essa parte do povo cercando oferencendo serviçoes era bem chata e comum em Maceió tbm ! Mas pedintes não eram permitidos ! Várias barracas nas praias proibiam a venda de produtos e taus !
As piscinas naturais em Maceió eram as de Maragogi e eu tbm achei o melhor passeio de todos ... muito diferente e lindoooo, tão simpáticos os peixinhos com a gente !!
hahah Em Maceió tinham vários restaurantes que já vinham escrito : prato para 2 pessoas !! tão gigantes !!!
Mas lá muita gente falava inglês, apesar de eu só ter visto argentinos com a gente !! hehehe

4:09 AM  
Anonymous Anonymous said...

Ali, quero todas as dicas e um roteiro completo!!! Hehehe
Vamos combinar de ir para Morro com a galerinha?
Bjs.

4:51 AM  
Blogger Unknown said...

Muito boa sua descrição deste passeio em Morro de Sao Paulo.

8:27 AM  

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